“Um radical é um homem com os
Pés firmemente plantados no ar.”
I. NEWTON
O livre-arbítrio
dá-nos asas para voar. A vontade transporta-nos para além do imediato. Sem a
liberdade seriamos como prisioneiros na caverna de Platão. Numa palavra,
entramos no domínio do abstracto, do inteligível. Como é isso possível, sendo
nós corpo e sentidos?
Em
primeiro lugar devemos assumir a nossa autonomia. Sapere aude! Devemos ousar pensar por nós próprios. Esta é a
primeira condição para ir além do óbvio e do imediato. Aquele que não tem
autonomia fica agrilhoado aos seus sentidos. Não tem as asas do livre-arbítrio.
Depois,
deve assumir a sua radicalidade. O carácter radical do homem decorre do facto
de este se colocar numa posição que vai à raiz, que procura fundamentos últimos
da realidade. Ora essa radicalidade transporta-nos para além de uma realidade
que se limita à condição de prisioneiro na caverna.
Newton,
estudioso dos fenómenos celestes, soube ver mais além. E por isso teve
autonomia e radicalidade. É certo que sofreu a força da gravidade quando a maçã
lhe caiu na cabeça. Mas os seus pés estavam firmemente plantados no ar. Não há
gravidade que corte a raiz ao pensamento.
O
que está em mim nunca poderá anular a radicalidade de procurar o está acima de
mim!
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