Demócrito de Abdera é o último dos grandes filósofos pré-socráticos. O seu sistema mereceu a admiração dos materialistas dos séculos XIX e XX.
Demócrito defende o logos. Segundo a razão, o real é formado por átomos (elementos simples) e vácuo. Segundo a opinião, o real é formado pela cor, o doce e o amargo.
Desta oposição entre razão e opinião, resulta uma máxima que importa destacar: os sentidos ameaçam a razão.
Numa época em que somos invadidos por mensagens que apelam aos sentidos e em que todos manifestam opinião acerca de tudo, torna-se importante reflectir essa máxima.
O atomismo de Demócrito, na sua necessidade de aperfeiçoamento como no seu princípio, leva-nos a questionar o visível, o óbvio e a opinião baseada nos sentidos.
Se os sentidos ameaçam a razão, e a opinião nos conduz a uma evidência questionável, torna-se importante pensar mais e opinar menos.
Como refere Gaston Bachelard: “A opinião, legitimamente, nunca tem razão. A opinião pensa mal; ela não pensa: traduz necessidades em conhecimentos”.
Portanto, é preferível o erro racional de Demócrito, que admite átomos como elementos simples, à certeza empirista da opinião baseada nos sentidos.
Antes errar pensado, do que acertar opinando.
Demócrito defende o logos. Segundo a razão, o real é formado por átomos (elementos simples) e vácuo. Segundo a opinião, o real é formado pela cor, o doce e o amargo.
Desta oposição entre razão e opinião, resulta uma máxima que importa destacar: os sentidos ameaçam a razão.
Numa época em que somos invadidos por mensagens que apelam aos sentidos e em que todos manifestam opinião acerca de tudo, torna-se importante reflectir essa máxima.
O atomismo de Demócrito, na sua necessidade de aperfeiçoamento como no seu princípio, leva-nos a questionar o visível, o óbvio e a opinião baseada nos sentidos.
Se os sentidos ameaçam a razão, e a opinião nos conduz a uma evidência questionável, torna-se importante pensar mais e opinar menos.
Como refere Gaston Bachelard: “A opinião, legitimamente, nunca tem razão. A opinião pensa mal; ela não pensa: traduz necessidades em conhecimentos”.
Portanto, é preferível o erro racional de Demócrito, que admite átomos como elementos simples, à certeza empirista da opinião baseada nos sentidos.
Antes errar pensado, do que acertar opinando.
2 comentários:
Buenísimos tus textos. Un saludo.
Angus
Muchas gracias.
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