Desde tempos imemoriais ou, para falar com mais rigor, primordiais (In illo tempore) que a humanidade está marcada por mitos, isto é, narrativas sagradas acerca de figuras que, quase sempre, são a personificação de forças naturais com carácter antropomórfico, as quais se tornam o arquétipo de todas as actividades humanas significativas. É assim que, nas sociedades arcaicas, é comum haver divindades ligadas a cada actividade humana.
Pela repetição de certas palavras e gestos rituais, também eles primordiais, o mito torna-se uma realidade viva. O rito actualiza o mito, o rito é o mito em acção. Neste contexto mitológico, muitos foram os seres que pagaram cara a ousadia de conhecer e de saber mais. Sísifo, Tântalo, Ícaro, Prometeu ou mesmo Adão e Eva são exemplos daqueles que foram castigados pela sua ousadia de enfrentar a divindade em favor da humanidade.
Prometeu, cujo nome significa “previsão” era muito prudente, mais ainda que os próprios deuses. Contudo, Prometeu foi duramente castigado por roubar ao Olimpo o segredo do fogo, para o entregar ao Homem. Foi Zeus quem ordenou que Prometeu fosse agrilhoado a uma montanha, onde todos os dias uma águia ia comer-lhe o fígado que, diariamente, se regenerava. Héracles, também conhecido como Hércules, acaba por salvá-lo, matando a águia, num dos seus célebres doze trabalhos.
O mito de Prometeu, inseparável da questão acerca da origem do fogo, situa-se entre os mais universais, podendo ser encontrados equivalentes seus noutras mitologias para além da grega. A sua figura, simultaneamente trágica e rebelde, símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental.
Ésquilo, na sua obra Prometeu agrilhoado, foi o primeiro a apresentá-lo como uma figura rebelde contra a injustiça e omnipotência divina, imagem esta que, posteriormente, será adoptada por todos aqueles que viram na figura de Prometeu a representação da liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho o seu destino. É por isso que um dos significados mais comuns deste mito é o da luta entre o ser humano e o poder superior
Prometeu marca o início da civilização, com a revelação do fogo aos homens. Simboliza também a luta do homem condenado a enfrentar muitos sacrifícios na luta pelos seus ideais, aspecto bem vincado por Sartre quando diz “Estamos condenados a ser livres.”. O que podemos retirar deste mito é o poder da inteligência, superador das limitações humanas, multiplicador de compreensão e entendimento do mundo que, tantas vezes, nos surge como trágico e caótico.
O fogo que Prometeu roubou aos deuses e pelo qual foi condenado, representa o conhecimento humano. Mas também, e talvez mais importante, a liberdade. Até aí os homens faziam tudo sem razão, porque os deuses, ao contrário do que tinham feito com os restantes animais, nada lhes deram. Ora, como bem notou Rousseau: “Um escolhe ou rejeita por instinto, e o outro por um acto de liberdade […]. Não é pois tanto o entendimento que faz a distinção específica entre os animais e os homens, mas a qualidade humana de agente livre”.
Pela repetição de certas palavras e gestos rituais, também eles primordiais, o mito torna-se uma realidade viva. O rito actualiza o mito, o rito é o mito em acção. Neste contexto mitológico, muitos foram os seres que pagaram cara a ousadia de conhecer e de saber mais. Sísifo, Tântalo, Ícaro, Prometeu ou mesmo Adão e Eva são exemplos daqueles que foram castigados pela sua ousadia de enfrentar a divindade em favor da humanidade.
Prometeu, cujo nome significa “previsão” era muito prudente, mais ainda que os próprios deuses. Contudo, Prometeu foi duramente castigado por roubar ao Olimpo o segredo do fogo, para o entregar ao Homem. Foi Zeus quem ordenou que Prometeu fosse agrilhoado a uma montanha, onde todos os dias uma águia ia comer-lhe o fígado que, diariamente, se regenerava. Héracles, também conhecido como Hércules, acaba por salvá-lo, matando a águia, num dos seus célebres doze trabalhos.
O mito de Prometeu, inseparável da questão acerca da origem do fogo, situa-se entre os mais universais, podendo ser encontrados equivalentes seus noutras mitologias para além da grega. A sua figura, simultaneamente trágica e rebelde, símbolo da humanidade, constitui um dos mitos gregos mais presentes na cultura ocidental.
Ésquilo, na sua obra Prometeu agrilhoado, foi o primeiro a apresentá-lo como uma figura rebelde contra a injustiça e omnipotência divina, imagem esta que, posteriormente, será adoptada por todos aqueles que viram na figura de Prometeu a representação da liberdade humana, que leva o homem a enfrentar com orgulho o seu destino. É por isso que um dos significados mais comuns deste mito é o da luta entre o ser humano e o poder superior
Prometeu marca o início da civilização, com a revelação do fogo aos homens. Simboliza também a luta do homem condenado a enfrentar muitos sacrifícios na luta pelos seus ideais, aspecto bem vincado por Sartre quando diz “Estamos condenados a ser livres.”. O que podemos retirar deste mito é o poder da inteligência, superador das limitações humanas, multiplicador de compreensão e entendimento do mundo que, tantas vezes, nos surge como trágico e caótico.
O fogo que Prometeu roubou aos deuses e pelo qual foi condenado, representa o conhecimento humano. Mas também, e talvez mais importante, a liberdade. Até aí os homens faziam tudo sem razão, porque os deuses, ao contrário do que tinham feito com os restantes animais, nada lhes deram. Ora, como bem notou Rousseau: “Um escolhe ou rejeita por instinto, e o outro por um acto de liberdade […]. Não é pois tanto o entendimento que faz a distinção específica entre os animais e os homens, mas a qualidade humana de agente livre”.
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